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Sozinho, idoso constrói catedral utilizando apenas material reciclado


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Um homem de 88 anos passou os últimos 50 construindo sozinho uma catedral em Merorada del Campo, a 20 km de Madri, na Espanha, que nunca fica completamente pronta. Toureiro, ex-monge e arquiteto autodidata, Justo Gallego Martínez utiliza-se apenas de lixo e materiais de construção descartados, como tijolos e madeira de demolição, para sua obra.

 

 (Cathedral Justo/Divulgação)

Além do material reciclado, ele não conta com o auxílio de guindastes e tem como ajudantes apenas alguns amigos operários. A catedral tem uma cúpula imensa e torres altas, cuja a maior mede 60 metros. A obra não recebeu autorização da igreja católica nem da prefeitura da cidade, porém, as instituições nunca impediram que Martínez continuasse seu trabalho.

 (Cathedral Justo/Divulgação)
O ex-monge, que começou a construir a catedral em um terreno herdado dos pais, diz que fez tudo por um ato de fé. A ideia surgiu depois que ele passou oito anos no mosteiro, mas nesta época enfrentou a tuberculose e foi obrigado a abandonar o regime monástico para cuidar da saúde. O local agora é atração turística de Merorada del Campo.
 (Cathedral Justo/Divulgação)
 (Cathedral Justo/Divulgação)

 

Assista ao vídeo:
 Fonte: Redação Lugar Certo PR – Folha de Londrina

Maquete da Catedral Cristo Rei mostra detalhes da obra no Vetor Norte


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Maquete da Catedral Cristo Rei mostra detalhes da obra no Vetor Norte

Templo católico está em obras no Bairro Juliana e a previsão é de que seja inaugurado em 2017

Catedral de corpo e alma. O ano novo começa com avanços no projeto da Catedral Cristo Rei, da Arquidiocese de Belo Horizonte, em construção no Bairro Juliana, na Região Norte da capital. Já está pronta a maquete da parte interna do templo concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) e previsto para ser inaugurado em 2017. A estrutura de madeira feita no câmpus da PUC Minas em Poços de Caldas, no Sul do estado, traz as futuras dependências e a divisão dos espaços localizados sob a cúpula, com os pórticos (torres) de 100 metros de altura, e a praça. “A maquete é o instrumento de diálogo e de aprimoramento do projeto, sempre dentro do conceito de acolhimento e acessibilidade”, ressalta o arcebispo metropolitano, dom Walmor Oliveira de Azevedo, à frente da empreitada desde que chegou a BH, há 10 anos. Por dentro e por fora, a iniciativa transmite força, fé e a realização de um antigo sonho dos mineiros.

A maquete é uma ferramenta importante de trabalho para arquitetos e construtores da Catedral Cristo Rei e também para distribuição dos serviços de atendimento à população, como pastorais, vicariatos e outros. Um dos destaques é o Arsenal da Solidariedade, nome criado pelo arcebispo para reunir todos os setores e iniciativas de caráter social, incluindo a central de acolhimento, que socorre as pessoas dentro de suas necessidades básicas, como um prato de comida ou um cobertor para as noites frias. A catedral será também um ponto cultural, abrigando quatro museus. O templo para missas e demais celebrações ficará sob a cúpula e os pórticos, enquanto a praça poderá receber milhares de moradores e visitantes em grandes eventos religiosos. Dom Walmor lembra que o templo é o coração da catedral.

Ajuda para os construtores

Desde que ficou pronta no fim de dezembro e levada para uma sala no Palácio Cristo Rei, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul, a maquete está à disposição das equipes que vão trabalhar na catedral. “Hoje, os setores estão pulverizados e o objetivo é reunir todos num local. Por isso, é fundamental que os encarregados dos serviços, como as pastorais, vejam a estrutura e contribuam para definir os espaços de modo a servir melhor as pessoas”, diz o responsável pela secretaria executiva da Catedral Cristo Rei, Carlos Barbosa. Ele lembra que a estrutura da maquete permite aos arquitetos possíveis mudanças no leiaute da construção. Dom Walmor reitera que “juntos podemos crescer mais e levar o evangelho a um número cada vez maior de fiéis. Para isso, devemos trabalhar em rede, de maneira colegiada”. No prédio, vão trabalhar cerca de 1 mil funcionários.

Construída dentro do conceito da sustentabilidade, a catedral será um prédio inteligente, com equipamentos para evitar desperdício de água e energia e garantir o aproveitamento da água de chuva, além de ter todo o cabeamento para fibra ótica, telefonia etc. O recuo de 11 metros da Avenida Cristiano Machado consiste numa solução igualmente econômica, explica Barbosa, pois permitirá ventilação adequada aos andares inferiores e reduzirá o custo da mão de obra, já que não haverá necessidade de muros de contenção de terra nesse trecho. O custo da obra é estimado em R$ 100 milhões e a Cúria tem apenas 20% desse total em caixa. Para levar adiante o projeto sem interrupções, como pretende o arcebispo metropolitano, a arquidiocese mantém a campanha Faço Parte e arrecada doações e o equivalente em dinheiro (R$ 22) a um saco de cimento.

Com pequenas chapas de madeira nas mãos, representando as paredes, Barbosa vai mostrando como as transformações serão possíveis no espaço. “As divisórias de algumas salas serão modulares, então o ambiente vai ganhando nova forma a partir das necessidades”, afirma.

Ponto turístico

A construção da Catedral Metropolitana Cristo Rei é um sonho antigo dos católicos e vem desde a época de dom Antônio dos Santos Cabral, o dom Cabral (1884-1967), primeiro chefe da Cúria de Belo Horizonte. A nova sede da arquidiocese, que substituirá a Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Centro da cidade, vai ocupar uma área de 24 mil metros quadrados em frente à Estação BHBus Vilarinho, na Região Norte. Para o arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo, o sentido mais genuíno da palavra catedral é o lugar onde o bispo exerce a missão de governar, ensinar e santificar. Além de um centro de espiritualidade, da mística, das celebrações e confraternização, ele imagina a Cristo Rei como referência de educação e cultura.” Num depoimento à arquidiocese, o autor do projeto, o arquiteto Oscar Niemeyer, escreveu: “Estou certo de que esse templo será o lugar mais visitado de Belo Horizonte e de Minas Gerais”.

Fonte: Gustavo Werneck – Estado de Minas